Antes de ler este texto, talvez seja interessante você dar uma olhada em (A Dança Como Forma de Tradução de Quem Somos!!). Este tema complementar deste mesmo assunto foi sugerido por um aluno querido. É importante falar que este processo é mais fácil do que parece, o difícil é ficar satisfeito com os resultados.
Este trabalho de colocar a personalidade na dança, se compara e se entrelaça muito com o trabalho de aprendizado e domínio da musicalidade. É uma combinação consciente de vários pequenos elementos dominados pelo dançarino. Esses elementos são movimentos mesmo. Quanto maior a variedade de diferentes movimentos, por mais simples que sejam, que o dançarino conhece e domina, maior é a possibilidade de ele expressar aquilo que deseja.
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PERSONALIDADE
É simplesmente impossível dançar qualquer dança sem a presença da sua personalidade. Então fique tranquilo, personalidade não é algo que desligamos para dançar ou que deixamos em casa antes de sair para o forró. Agora fazer o seu par e o público perceberem traços importantes da sua personalidade ao dançar, é um processo complexo e que também chamamos de estilo próprio. Assim como a musicalidade colocar a personalidade na dança é simples, expressar essa personalidade através dos seus movimentos é o trabalho complicado.
O primeiro passo é o mais difícil: não expressar a personalidade/estilo das pessoas que você mais admira e ouve. Muitas vezes as pessoas que te cativam acabam te falando que você não tem personalidade na dança, quando elas dizem isso elas provavelmente não conseguem ver a própria personalidade na sua dança e isso as incomoda. E elas vão acabar te orientando a fazer as coisas que elas querem que você faça e não as coisas que você realmente quer fazer.
Normalmente o traço mais marcante da sua dança é justamente a sua personalidade, mesmo que você não perceba. Agora vamos trabalhar a forma de você desenhar o estilo que você quer ter de forma que o seu par e o público vejam na sua dança.
Expressando seu estilo
Como tudo na dança, esta é uma habilidade que exige muita prática. E ao longo da sua caminhada a sua perspectiva vai mudar e você terá que se dedicar novamente para fazer as alterações necessárias.
Primeiro escolha o que é mais importante para você ao dançar, e digo que é muito importante aceitar os seus próprios gostos e reais desejos, mesmo que o senso comum diga que seja algo que não se deve fazer. Se exibir ao dançar, por exemplo, se este for um gosto seu, aceite esta característica sua mesmo sabendo que muitos dirão que isso não se deve fazer.
Selecione tudo aquilo que é prioridade para você: ter uma dança limpa, ter uma dança visual, ter uma dança confortável, ter uma dança simples, ter uma dança complexa, ter uma dança leve, ter uma dança pesada, ter uma gama de movimentos de impacto, dançar de forma a fazer tudo parecer fácil, dançar de modo a fazer que tudo parece difícil, ser muito musical, ser adaptável para agradar ao seu par, ser mais imponente e se colocar mais na dança, ser mais ouvinte do seu par e dar mais liberdade a ele, intervir muito, ser mais funcional, fazer muitos charmes… Você mapeia quais desses são mais importantes para você sentir prazer ao dançar e qualquer outra característica que para você seja importante.
Busque as movimentações que você mais gosta e inclua uma a uma na sua dança. Veja quais pessoas fazem aquilo que você gostaria de fazer e as pergunte, pois eles vão provavelmente te apontar para um caminho mais curto e eficiente para executar. Entenda aquilo que você gostaria de fazer e que ninguém faz. E mais uma vez procure alguém bastante experiente e converse com essa pessoa de que maneira você pode tentar chegar às novidades que você deseja.
OBS: Tenha em mente que as pessoas que você procurar podem ser profissionais e podem te cobrar para compartilhar o conhecimento que você procura.
Tudo aquilo que você encontrar na sua busca deve ser lentamente adicionado à sua dança um a um até que cada elemento tenha a qualidade que você deseja. Tentar incluir vários aspectos de uma vez só pode ser muito pesado e muito frustrante. Alguns desses aspectos podem demorar anos para amadurecerem. Assim que você dominar uma característica nova, avalie se você realmente desejava aquilo e se vale a pena manter aquilo na sua dança.
Só conseguimos saber se realmente queremos um elemento quando o aprendemos e o dominamos. Se no meio do caminho você tiver a sensação que não se interessa mais por aquela característica, não a descarte ainda. Nós temos uma forte tendência de achar que não gostamos daquilo que não conseguimos executar.
Conclusão
A sua personalidade é única, copiar o outro é muito tentador, mas não nos traz a satisfação que desejamos. Procure se conhecer e aceitar as suas próprias características. Entenda que é um processo longo e exige dedicação em cada passo e que tentar fazer tudo sozinho pode ser muito demorado e frustrante, aproveite das pessoas mais experientes que já atravessaram um longo caminho, pois elas podem te ajudar a evitar um esforço desnecessário.
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